14 de agosto de 2009

É possível aprender brincando?

Parte I
Antigamente havia um abismo entre o brincar e o aprender. Os dois eventos ocorriam sempre separadamente, era inconcebível alguém brincar e aprender ao mesmo tempo.
Mas esta idéia foi superada a medida que a mente da criança ia sendo desmistificada.
Observe a música abaixo:
“João e Maria” - Chico Buarque
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês...
Eu enfrentava os batalhões,
Os alemães e seus canhões.
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock
Para as matinês
Agora eu era o rei, Era um bedel e também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz.
Chico Buarque, no puro e singelo “João e Maria”, resgata o prazer da imaginação, do sonho e da alegria trazendo motivação e dando significado ao conhecimento implícito nesta canção.
A música, a história, o folclore, as rodas cantadas, em fim, a brincadeira é uma forma privilegiada de aprender. Quanto mais significativa e prazerosa for uma brincadeira, maior é capacidade de aprendizagem. Diversos conhecimentos podem ser passados durante uma brincadeira.
Claro que, não se pode esquecer que é estritamente necessário que a criança tenha diversos momentos em que ela possa brincar pelo brincar, ler e ouvir histórias pelo simples prazer, sem qualquer intervenção pedagógica, apenas com o olhar do cuidado por parte do adulto. Pois se mostrou desde o primeiro módulo a tamanha importância deste ato para a criança.
Assim como também é evidente que quando se for empregar a brincadeira como canal de aprendizado intencional sobre um determinado conhecimento, é preciso que o professor tenha clareza e consciência de tudo o que propõe, tanto em relação as atividades quanto a teoria que o embasa.

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