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6 de maio de 2012

Desenvolvimento infantil: dos 0 aos 3 anos de idade

Este estágio refere-se aos processos de formação do sujeito desde a gestação até os 3 anos de idade. No oriente, é comum comemorar o aniversário de 1 ano de vida quando os bebês completam 3 meses de nascimento! Isso porque eles entendem o primeiro mês de gestação como o primeiro mês de vida do filho, o que de fato é! Desde lá, o casal já é pai e mãe, e assim começam a educá-lo, ainda no ventre materno. A neurociência comprova que isso é real. Pois, o que a mãe pensa e faz é transformado em substâncias neuroquímicas que chegam até o bebê, portanto, é fundamental que a gestante esteja bem. Ela deve cuidar muito dela mesma, evitando sempre que possível situações de grande desconforto, seja no trabalho, seja com os familiares e demais atividades. E não pense que isso é egoísmo, muito pelo contrário, só se consegue fazer com que o bebê esteja bem se antes a mãe também estiver. Claro que nem tudo depende dela, afinal, há situações do dia a dia em que não estão em seu controle, além do que o bebê é formado não apenas por sua genética. Esses cuidados continuam também com o recém nascido, pois ele é um ser indissociável da mãe. Ele e ela se veem como um só. A natureza o faz assim, para que a mãe esteja completamente atenta só a seu filho, pois de todos os mamíferos, os humanos são os mais dependentes de suas mães, fisicamente e emocionalmente.
Até os 6 meses de vida se cumpri outra grande etapa, por isso a tamanha importância da mãe permanecer exclusivamente com seu bebê neste período. No Brasil, finalmente a lei reconheceu tal necessidade, permitindo ampliar a licença maternidade até os 6 meses, muito embora isso se aplique mais no sistema público. Nesta fase, o bebê passa a ficar mais independente, tanto pela sua biologia quanto pela sua psique, salvo as devidas proporções é claro. Aqui já é introduzido alimentos diferentes do leite materno, já se locomove sozinho, corresponde quando solicitado, geralmente passa a dormir em seu próprio quarto e assim por diante, conforme vai adquirindo segurança vai progredindo.
Deste momento até os 3 anos a criança já é capaz de pensar, caminhar e falar, em nenhuma outra fase da vida ela desenvolve outra faculdade. Por isso o adulto que a acompanha deve estar muito atento para educá-la de maneira que ela venha a progredir em sua vida. É isso mesmo, é desde pequeno, dos 0 aos 7 anos que se definem muitos aspectos da vida. Em relação a fala, se o adulto utiliza uma linguagem infantilizada achando que por ser criança ela deve primeiro aprender errado para depois concertar, ele esta muito equivocado. Ao falar tudo no diminutivo ou deixando de pronunciar o ‘R” ou qualquer outra letra por achar que ela não irá entender, o adulto acaba de plantar dificuldades na fala e na escrita desta criança, e alguns ainda dirão que a escola é que não ensina direito! O mesmo ocorre com o pensar, se o adulto traz tudo pronto para ela, estará ensinando que sempre haverá alguém para fazer por ela, que não é preciso esforço nenhum, ou pior, estará ensinando que o que ela produz não vale nada. Acarretando prejuízo na autoestima, na independência, na iniciativa é assim por diante. Então o que deve ser feito, é encorajar a criança a pensar e a agir por si, de acordo com as orientações do adulto, evidentemente, pois ela ainda não tem discernimento do certo ou errado. Cabe a ele, fortalecer seu EU, não deixando ela fazer o que quiser, mas mostrando o que pode ser feito e as consequências de cada escolha. Se a criança ainda não for capaz de compreender o que você esta dizendo, simplesmente de a ordem e a faça cumprir.  Atitudes simples e corriqueiras que o adulto tem nesta fase da vida de um bebê ou de uma criança podem alavancá-los, detê-los ou afundá-los. Portanto, cuidar de nossas atitudes e de quem está com seus filho, independente de quem seja é fundamental!
Aguarde a próxima fase: (4 aos 7 anos)
Taisa Canabarro
Psicopedagoga

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