Este texto veio pra mim, revelar muitos aspectos sobre a história da Educação de Santa Catarina. Ajudou-me a compreender situações da atualidade relacionadas a formação e a carreira do magistério no Estado.
Ele traz uma discussão, analítica crítica, sobre o ensino e a formação de professores na década de 50. Para tanto, descreve a trajetória de Anísio Teixeira na direção do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos – INEP, relatando a importância dessa década para a pesquisa educacional catarinense.
Fala também de dois intelectuais de Santa Catarina, João Roberto Moreira e Orlando Ferreira de Melo. Moreira, catarinense formado no Paraná, possui uma visão mais intelectualizada do processo educacional da época. Enquanto Melo, escolanovista, vai ao encontro de Orestes. Possui uma visão baseada na união da teoria e da prática. Coloca que os professores até sabiam a teoria, mas tinham pouca noção da prática pedagógica.
Em um breve histórico de Anísio Teixeira, coloca-se que: nasceu na Bahia em 1900, torna-se advogado e viaja pelo mundo observando a educação de cada país. Sofre influência de Dewey. Participa no Manifesto de 32. Torna-se diretor do INEP. Morre misteriosamente em 1971.
As principais funções do Inep consistiam em:
- Organizar a documentação relativa à história e a atualidade das técnicas pedagógicas
- Manter intercâmbio com instituições do País e do estrangeiro
- Promover pesquisas
- Prestar assistência técnica aos serviços estaduais, municipais e particulares de educação
- Divulgar os seus trabalhos
- Participar da orientação e seleção profissional dos funcionários públicos da União
Atualmente, o Inep esta vinculado ao MEC e fica responsável por promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e equidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em geral.
Com o Inep, a década 50 foi um período marcado por muitas pesquisas na área educacional, influenciando inúmeros intelectuais em Santa Catarina e em todo o país.
Moreira, entra no Inep através de concurso em 47. Constrói vínculos intelectuais e pessoais com Fernando de Azevedo, fundamentais para sua projeção como intelectual da educação.
Em seguida, passa a discutir sobre o Ensino Fundamental e lança algumas alternativas para melhorar o ensino, como por exemplo: propõe o aumento no investimento do poder público, melhoria no planejamento, criação Fundo Estadual de Educação e Cultura e de Fundos Municipais, criação do programa regional de formação e aperfeiçoamento.
Ferreira de Melo, vem superar seu mestre Moreira. Propõe uma renovação educacional a longo prazo. Faz intervenções como: redução do número de alunos nas salas de aula, aparelhamento e mobiliário escolar propícios á realização de oficinas, formação de professores – mais voltada para aspectos da prática pedagógica e ainda prevê uma revisão dos programas de ensino.
Assim, através de contribuições nas pesquisas, Moreira e Melo, são os intelectuais catarinenses que mais marcaram a educação no estado na década de 50.
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