18 de março de 2012

Mamadeira ou copo?

Os papais e as mamães contemporâneos estão sempre conectados com as últimas novidades de como cuidar e educar seu filho da melhor maneira. No momento, a grande discussão está a cerca do uso do copinho no lugar da mamadeira. Isso depois do período de aleitamento materno é claro.

Aproveitando este comentário, fomento a importância da amamentação exclusiva no peito até os 6 meses de idade prolongada quando possível até os 2 anos. É importante lembrar que na primeira dificuldade que a lactante possa ter ao amamentar que ela se dirija imediatamente (digo isso a fim de que a dificuldade não se instale) a um Banco de Leite (verificar na maternidade mais próxima de sua casa), no qual é repassado a melhor forma de se fazer a “pega”. A lactante deve estar tranquila em ambiente confortável, sem barulhos e sem estímulos para o bebê, acomodando- se em ambiente calmo, onde mãe e filho possam estar a sós, para que o vínculo seja fortalecido, trabalhando aspectos emocionais e psicológicos em ambos, como segurança, confiança, afetividade, tranquilidade entre outros (direitos da lactante e lactente). Além dos aspectos físicos, pois estando a sós, facilita tanto a descida do leite, quanto evita no bebê, o risco de ao buscar com a visão ou a audição, estímulos que o levem a desconcentrar-se do ato de mamar. Pois isso faz com que ele passe a engolir ar, deixando-o a mercê de afogamentos e de cólicas, devido ao acúmulo de gases.

Mas voltando ao assunto desta postagem: a pesquisa mais recente sobre o veículo pelo qual se fará a alimentação do bebê após o período de aleitamento materno refere-se ao uso do copo. No Brasil, esta pesquisa foi desenvolvida em tese de doutorado pela fonoaudióloga Cristiane Gomes na UNESP. A pesquisadora coloca que o uso da mamadeira, (e eu acrescento a chupeta ou bico), como elemento que prejudica a musculatura facial; acarretando dificuldades na articulação, na abertura para a dentição, para a respiração, pode ainda provocar otites até perda da audição (caso a criança costume mamar deitada) e por fim, com todas essas dificuldades no aparelho respiratório, fonador e auditivo, leva-se a dificuldade de aprendizagens. Então sugere-se a partir disto, o uso do copo. Segundo a pesquisadora, com o copo, os músculos utilizados pelo lactente são os mesmos utilizados por ele durante o aleitamento materno, não havendo assim, nenhum prejuízo para o bebê.
Na prática, o uso do copo causa muita preocupação para os pais, uma vez que, o bebê pode derramar todo o líquido sobre si. Por isso a orientação é que este momento deve ter total acompanhamento do adulto a fim de que oriente o lactente a fazer as devidas pausas respiratórias para que ele a utilize da forma correta.

Como pedagoga, especialista em psicopedagogia, meu olhar é sempre voltado para o ser em sua totalidade, envolvendo todas as suas dimensões. Valorizando o processo e não apenas o resultado. Então posso afirmar que, não adianta uma mãe ou um pai que queira simplesmente oferecer o copo para seu filho porque esta é a indicação mais adequada se eles não estão seguros disso. Tudo o que os pais sentem em especial a mãe, mesmo que sem dizer uma palavra, o filho sente, ou seja, se ela estiver insegura o bebê ou a criança receberá esta mensagem (e isso é em relação a tudo). Além do que, o bebê também precisa ter capacidade para tanto. Então, como psicopedagoga, sugiro que a transição do aleitamento materno para o leite artificial ou líquidos em geral seja feita de forma gradativa. Utilizando então um copinho de treinamento, aquele com o bico plástico (verificar copos sem bisfenol) usado até que o bebê adquira competência o suficiente para tal, bem como a mãe sinta-se segura para chegar a etapa final da alimentação com o copo.

Veja as fotos abaixo com cada um dos modelos de copos citados acima.


http://bebeaporter.files.wordpress.com/2011/01/bebendo-no-copo.jpg
https://encrypted-tbn0.google.com/images?q=tbn:ANd9GcTUMvdyCboxwIB1VN4L6MAGVcMI9c1oaZzRpqVpOhzNZgkXc_qy
http://www.unesp.br/aci/jornal/212/mamadeira.php

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