Linguagem dos bebês

Dando continuidade as palestras do COEB 2012, temos a supervisora Joselma (Florianópolis - SC) que relatou sua pesquisa sobre a linguagem dos bebês. Citava estudiosos como: Allan Prout, Corsário, Ferreira, Sarmento entre outros que embasam na Sociologia da Infância. Relatava que o adulto deve ter olhos para ver, referindo-se a formação adequada para atuar com bebês, pois aos olhos do leigo, é difícil perceber onde a comunicação esta ocorrendo entre eles, uma vez que a comunicação verbal ainda não está instalada. Na verdade, os bebês se expressão e se comunicam muito antes da aquisição da linguagem falada. Eles estabelecem contato incessantemente, ainda mais entre seus pares, ou seja, entre os outros bebês. Utilizam olhares, gestos, atitudes, brincadeiras, o choro, o grito até o balbucio.
Mas fazendo meu comentário, preciso acrescentar que o desenvolvimento da linguagem e da comunicação com os bebês inicia bem antes de seu nascimento, inicia ainda no ventre materno. A partir do quinto mês de gestação o bebê já começa a ouvir a voz da mãe. Por isso é importantíssimo que a gestante intensifique ainda mais a comunicação com seu bebê, pois a audição é um dos sentidos que desenvolve-se por primeiro, uma vez que dentro do útero materno é possível ouvir diferentes sons, como o do coração da mãe e do bebê, os barulhos do estômago e de toda a sinfonia que o organismo é capaz de emitir. Pesquisas realizadas por musicoterapeutas juntamente com outros profissionais, descobriram que as gestantes que cantam ou se comunicam frequentemente com seus bebês, possibilitam que os mesmos possam discernir o tom da voz, entre outros elementos que ao nascer tornam-se capazes de reconhecer e se alegrar ou se acalmar, pois a memória também já é formada no útero materno. Já os sons externos, os bebês passam a ouvir somente quando muito altos e muito frequentes. O que ocorre é que a voz da gestante reverbera em seu organismo, propiciando consequentemente tal comunicação. Em pesquisas, em relação ao uso da música com todo ser humano, em espceial bebês e crianças, percebeu-se uma ampliação das conexões cerebrais, desenvolvendo ainda mais a capacidade cognitiva e o equilíbrio emocional. Assim é de suma importância colocar a questão do afeto, do vínculo criado ou reforçado a partir deste momento.