“Educar é libertar. É ir além...” (Nóvoa) COEB - 2012 Parte I

O Congresso de Educação Básica 2012 ocorreu de 06 – 08 de fevereiro em Florianópolis e foi marcado pela presença maciça dos educadores. Haviam grandes nomes internacionais como António Nóvoa e Bernard Charlot. Incluindo nomes nacionais que também ganharam destaques em suas palestras como Emilia Sanches – falava sobre resiliência e Joelma de Castro que falava sobre a linguagem entre os bebês e outros pesquisadores da Educação.
Vejamos alguns pontos que os principais conferencistas e palestrantes explanaram durante este encontro, aliado com respectivos comentários.



António Nóvoa
Português, doutor em Educação. Publicou obras como: “Dicionário de Educadores Portugueses” – Currículo, situações educativas e formação de professores” – “Profissão Professor”etc.
Menciona frases como: “Educar é libertar. É ir além...” E utiliza a frase de Monteiro Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.
No COEB 2012, Nóvoa fala da educação como processo de libertação, no qual a criança não deve ser mantida fechada, não apenas fisicamente mas mentalmente. Seus horizontes devem ser ampliados. Mas como? Ensinando-a à pensar! Infelizmente ainda há professores, pais e familiares que fazem tudo pela criança. Leem por ela, escrevem por ela, falam por ela, mastigam por ela e não há exagero nenhum nisso, pois realmente acontece. Há adultos que não permitem que a criança pense, que ela seja autora, pois lhe entregam tudo pronto! Isso traz obstáculos para toda a vida deste ser que recém está começando sua caminhada e já estão lhe podando, dizendo-o ocultamente que não são capazes de realizar nada, apenas o adulto que o faz! Pais e professores tem a obrigação de ajudá-los a desenvolver e a estruturar suas capacidades mentais e emocionais para que tornem-se autônomas em seus pensamentos e ações. A escola deve estabelecer parceria com a família a fim de fornecer recursos para que isso ocorra efetivamente. Um exemplo disso é quanto a família é orientada a dar espaço em casa para a criança falar, atribuindo seu devido significado, a fim de que ela perceba que ela tem pensamentos próprios e que podem serem ditos ou escritos para que ela e o outro percebam o valor de suas ideias. A escola deve ser de leitores e de autores!